Dar respostas coerentes com instrumentos
pertinentes de análises política e econômica será quase impossível para aqueles
que não se renovaram politicamente. Isto é fácil de observar, tendo em vista
que no plano ideológico o discurso dos candidatos de direita é retrógrado e não
corresponde mais à evolução do pensamento político face ao desafio de uma
população catarinense cada vez mais exigente dentro de um mundo multipolar.
Talvez o melhor fosse dizer que existem hoje em
Santa Catarina velhas direitas e esquerdas inovadoras que buscam alternativas
num modo novo de governar face à predominância do modelo neoliberal do atual
governo Colombo e do postulante Paulo Bauer.
Os reacionários desta direita rançosa que
defenderam a ditadura no Brasil continuam a promover o conformismo primário da
população com os pensamentos que integram suas mentes afetadas por uma visão
simplista, reducionista e atrasada que eles têm do Bem e do Mal.
Hoje vejo que a esquerda na América Latina, com
rara exceção, é uma esquerda que renunciou a transformar a sociedade pela via
revolucionária, preferindo transformá-la pela via democrática que incentiva a
participação social. Ao mesmo tempo em que tenta conciliar um modelo de
desenvolvimento mais igualitário respeitoso dos direitos humanos. Trata-se de
uma esquerda que não é contra a economia de mercado, todavia, tenta criar uma
economia mais solidária. Incentiva as empresas privadas a investir em obras
públicas optando por parcerias com o Estado.