quinta-feira, 4 de setembro de 2014

REFORMAS ESTRUTURAIS QUE O BRASIL PRECISA

Você sabe quanto custa uma campanha eleitoral? Sabe como elas são financiadas?

O Brasil é um dos países que tem o sistema partidário mais complexo do mundo. São mais de trinta partidos, o voto é nos indivíduos e numa eleição geral precisa escolher cinco ou seis candidatos. Muitos desses partidos são siglas de aluguel e sobrevivem vendendo espaço de TV nas campanhas. Ou servem de trampolim para candidatos que não querem assumir compromissos com seus eleitores.
Pior do que isso é a falta de controle e de transparência no financiamento das campanhas. Podem ser feitas doações de pessoas físicas e jurídicas, com exceção de empresas que têm concessões públicas. O fato é que isso dá margem para doações ilegais e todo tipo de negociata depois das eleições.

“Quando uma pessoa doa duzentos reais para um candidato ele está ajudando, mas quando ele doa dois milhões ele está comprando seu mandato” afirmou Milton Mendes

Você pode acessar as prestações de contas das eleições anteriores no site do Tribunal Superior Eleitoral ou site da ONG Transparência Brasil, porém, as informações disponíveis geralmente não são reais, apenas cumpre o preceito legal. Mesmo assim, em 2010 o custo do voto no Brasil foi de sete reais por eleitores, ou seja, 984,5 milhões de reais. Esse recurso é dinheiro privado. E não se iludam: os grandes doadores privados de campanha irão cobrar dos eleitos muitas vezes mais do que doaram. Então, no final, é dinheiro público que financia as campanhas. E o pior, sem nenhum controle, sem transparência e o maior volume é escondido.
Por isso, defendemos uma ampla reforma política no Brasil, pelo fim das coligações e dos partidos de aluguel, pelo fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais e pelo controle público e transparente das campanhas eleitorais, voto em lista partidária e fidelidade de mandato entre eleitor, partido e eleito.