Você sabe quanto
custa uma campanha eleitoral? Sabe como elas são financiadas?
O Brasil é um dos países que tem o sistema
partidário mais complexo do mundo. São mais de trinta partidos, o voto é nos
indivíduos e numa eleição geral precisa escolher cinco ou seis candidatos.
Muitos desses partidos são siglas de aluguel e sobrevivem vendendo espaço de TV
nas campanhas. Ou servem de trampolim para candidatos que não querem assumir
compromissos com seus eleitores.
Pior do que isso é a falta de controle e de
transparência no financiamento das campanhas. Podem ser feitas doações de
pessoas físicas e jurídicas, com exceção de empresas que têm concessões
públicas. O fato é que isso dá margem para doações ilegais e todo tipo de
negociata depois das eleições.
“Quando uma pessoa doa duzentos reais para um
candidato ele está ajudando, mas quando ele doa dois milhões ele está comprando
seu mandato” afirmou Milton Mendes
Você pode acessar as prestações de contas das
eleições anteriores no site do Tribunal Superior Eleitoral ou site da ONG
Transparência Brasil, porém, as informações disponíveis geralmente não são
reais, apenas cumpre o preceito legal. Mesmo assim, em 2010 o custo do voto no
Brasil foi de sete reais por eleitores, ou seja, 984,5 milhões de reais. Esse
recurso é dinheiro privado. E não se iludam: os grandes doadores privados de
campanha irão cobrar dos eleitos muitas vezes mais do que doaram. Então, no
final, é dinheiro público que financia as campanhas. E o pior, sem nenhum
controle, sem transparência e o maior volume é escondido.
Por isso, defendemos uma ampla reforma política no
Brasil, pelo fim das coligações e dos partidos de aluguel, pelo fim do
financiamento empresarial das campanhas eleitorais e pelo controle público e
transparente das campanhas eleitorais, voto em lista partidária e fidelidade de
mandato entre eleitor, partido e eleito.