quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A SAÚDE CATARINENSE CONTINUA NA UTI

Na foto: Deputados Jailson, Volnei Morastoni e Ana
Paula Lima
A exemplo de dias anteriores, a greve dos servidores da saúde foi o tema central dos pronunciamentos realizados na sessão ordinária da manhã desta quinta-feira (13). Desta vez, porém, com mais intensidade. Pela primeira vez, termos como CPI e impeachment foram mencionados.
O deputado Neodi Saretta (PT) subiu à tribuna para pedir mais investimentos para o setor de saúde, nas três esferas de governo. A falta de recursos, disse o parlamentar, pode ser evidenciada em casos como a inexistência de leitos em UTIs neonatal na região do Meio-Oeste do estado. "Priorizar é oferecer mais recursos. Não podemos ficar restritos ao mínimo percentual estipulado por lei", frisou.
O deputado Jailson Lima (PT) afirmou que o tema não sairá de pauta enquanto não for resolvido o impasse entre governo e servidores, parabenizando ainda a categoria pela capacidade de resistência. "Este estado chegou ao seu limite em questão de saúde. Pessoas estão morrendo por falta de atendimento cirúrgico nos hospitais e não é por falta de servidores, e sim de condições técnicas e de trabalho”. Ele citou ainda relatório do Tribunal de Contas que aponta que em 2011 apenas 15,49% dos recursos arrecadados por meio do Programa Revigorar, destinados à saúde, foram realmente aplicados no setor.  "Por que não se chama o governador à sua responsabilidade efetiva?", questionou.
Subindo ainda mais o tom das críticas, o deputado Volnei Morastoni (PT) levantou a possibilidade de pedir o impeachment do governador. "O governo está apenas vendo a banda passar, sem assumir as suas responsabilidades. Daqui a pouco não vamos falar somente em CPI, mas em impeachment", disse.
Para o parlamentar, o governador vem se mostrando irresponsável e omisso, o que tem se refletido na piora dos serviços hospitalares em todo o estado.  "A saúde é algo muito mais sério e não pode ser tratada com trivialidade. A situação se agrava pelo estado e o governo acha que isso é normal. Estão sendo cometidos erros imperdoáveis, apesar de todas as advertências feitas por esta Casa, em diversas ocasiões".
Fonte: Portal Alesc