São estarrecedores os números em Palhoça na
onda de violência que se alastra na outrora nossa tranquila cidade. O
noticiário nos assusta diariamente com o registro de assassinatos,
arrombamentos e outros crimes de agressões aos valores, às leis e as normas
vigentes na ordem social estabelecida. Multiplicaram-se as zonas de
vulnerabilidade na cidade. Antes tínhamos a sensação de insegurança, agora, ela é
efetiva. O medo toma conta da população.
A barbárie que antes só conhecíamos por ouvir
dizer, ocorrida nas grandes metrópoles, também se instalou em nossa cidade. O
nosso cotidiano perdeu a tranquilidade. Vivemos agora em permanente estado de
alerta.
Cabe ao Estado adotar políticas públicas estruturadas
e articuladas de combate à violência. Há a necessidade de uma ação de governo
que permita ao cidadão se sentir seguro. Sem isso cada um de nós se sente
desamparado, à mercê da própria sorte, sem saber o que fazer para garantir a
segurança pessoal e da sua família.
O número do efetivo de policiais militares em
Santa Catarina é o mesmo de 1982, o que chega a ser um absurdo, um verdadeiro
descaso. Não há estímulos para o exercício dessa tão arriscada missão
profissional. Lamentavelmente vemos o Estado negligenciar numa de suas mais
importantes atribuições, sem que se conheça qualquer plano estratégico de
enfrentamento do problema.
Ficamos todos numa sensação de impotência diante
de um quadro assustador, na esperança, portanto, de que a sociedade civil
organizada se una ao Estado na busca urgente de uma reação a essa situação
preocupante em que estamos envolvidos. o