terça-feira, 6 de maio de 2014

PALHOÇA UMA CIDADE ENGESSADA E DIVIDIDA PELA BR 101

Estudantes na travessia perigosa diária entre o
 centro e o bairro Aririú
Dona Maria Aparecida de Carvalho, 56, moradora do Loteamento Jacob Weingartiner, localizado nas proximidades da BR 101, acorda todos os dias às 06h00min e sai em sua bicicleta para o trabalho no bairro Aririú. Após um longo e exaustivo dia de serviço como cozinheira esta cidadã retorna para casa as 18h00min. A atividade que deveria ser simples de Dona Aparecida de ir e vir ao trabalho de bicicleta vira uma empreitada perigosa que coloca em risco a sua vida. No caminho, Dona Cida atravessa a BR-101, que divide o centro de Palhoça com o bairro Aririú. Sem passarelas ou semáforos em um trecho urbano onde a população não tem opção a não ser se arriscar entre motos, carros e caminhões que trafegam nos quatro sentidos.
Com a duplicação da BR-101 a cidade de Palhoça ficou ainda mais dividida. A população está separada: de um lado, bairros antigos e populosos que cercam o centro histórico com escolas, pequenos comércios e o Posto de Saúde. Do outro, a prefeitura, creches, bancos, a Unisul, shopping e muitos bairros novos com uma população crescente. Todos precisam atravessar a BR-101, são crianças, trabalhadores, idosos, e até deficientes que diariamente colocam suas vidas em risco.
Trânsito confuso e congestionado de translado
da BR 101 de um lado a outro.
Para os condutores de veículos um tempo precioso é perdido nas filas intermináveis para o translado. Na verdade, a travessia em qualquer ponto em Palhoça de um lado para o outro se tornou uma verdadeira maratona, que cada dia fica mais demorada e difícil.
Acima de tudo deve estar à vida das pessoas. Porém, não é assim que acontece. Em toda a extensão do município a população que precisa atravessar a BR convive diariamente com o risco de sofrer acidentes, pois em diversos pontos da rodovia não dispõe de passarelas, e as poucas que existem estão distantes e não suprem a demanda das comunidades que crescem a cada dia em toda a região. A confusão no trânsito e a alta velocidade dos veículos aliado a ausência de viadutos e passarelas tornam a travessia cada vez mais perigosa e difícil para todos. Vários acidentes com batidas de veículos e atropelamentos são registrados semanalmente.
Necessário se faz repensar nossa cidade, torná-la mais humana, acessível a motoristas, ciclistas e pedestres. Precisamos unir esforços: população, entidades civis e políticos, para juntos reivindicarmos aos governos do Município, Estado e União uma solução para o engessamento da cidade.

Pense nisso!