segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SÁBADO DE PESCARIA NA CROA GRANDE-BARRA DO ARIRIÚ

Eu e meu filho Matheus seguindo pelo Rio
que corta o mangue até a Croa Grande
O mar neste sábado e domingo estava espetacular foram os primeiros sinais do verão chegando. Muita gente não entende como posso levantar de madrugada em pleno final de semana ou feriado, juntar toda a tralha, pegar um pequeno barco a remo e navegar um longo caminho para chegar a Croa Grande, onde serei picado por pernilongos, maruins e mutucas e com a possibilidade de voltar para casa sem trazer nada, arrebentado, com o corpo dolorido, queimado, machucado, picado e espetado, mas com um grande sorriso de felicidade nos lábios.
Confesso que a partir do momento em que decido fazer uma pescaria, há um relaxamento total do meu corpo. Já relaxo com a antevisão do poder navegar no mar com meu filho Matheus ao lado da praia e do mangue, vendo a água deslizando diante dos meus olhos, sonhando com uma possível e fantástica briga que um grande peixe poderá travar comigo ou com meu filho. Sim, aquele peixão que vive na cabeça de todo pescador, que sonha um dia fisgá-lo na briga que para sempre será contada com orgulho, pois para esse peixe nem a história nem o tamanho do bicho precisarão ser aumentados.
Chegando na margem da Croa Grande
Os preparativos, a revisão do equipamento, as providências, a alegria do Matheus, tudo isso já me deixa num outro mundo e todos os problemas até então existentes são deixados de lado com satisfação. 
Há pessoas que não gostam de pescar, por isso não se beneficiam dessa maneira primitiva de conviver com seus filhos junto a natureza. A pesca é uma luta constante entre a sua inteligência e habilidade e a rapidez do peixe. Entre os dois, intermediando, mas pendendo ora para um lado, ora para outro, a Dona Sorte se diverte imensamente com tudo isso, e o Matheus também.