Quase três meses após o início das aulas, crianças e adolescentes continuam fora da escola em Palhoça. Algumas foram enviadas para unidades distantes de suas casas, em ambientes que não podem ser chamados de escolas, o que é contra a lei, e outras ainda não sabem onde estudarão. O problema ocorre em todas as regiões do município. A situação é grave.
As redes estadual e municipal dividem as matrículas de ensino fundamental em Palhoça . A escolha da escola é feita pelos pais levando em conta a proximidade da residência. Pela regra, o aluno pode estudar a uma distância de até dois quilômetros de casa.
O vendedor de maças do amor, Luiz Fernando O. Nunes, residente no bairro Vila Nova, não sabe o que fazer com o filho de quase 07 anos. A Escola Estadual Renato Silveira na Barra do Aririú, onde o menino deve estudar não tem vagas. “Não tenho condições de levá-lo pra outro lugar. Ele está sem estudar. Tenho medo que ele se prejudique”, contou-me o pai aflito.
Esta é a situação de milhares de crianças e adolescentes no município. Houve uma explosão imobiliária irresponsável, sem planejamento público e não existe estrutura pública para atender tamanha demanda.
O pior disso tudo é que não se observa ações por parte da Prefeitura através da Secretaria Municipal de Ensino para solucionar o problema, que tende a se agravar. Aí vem a violência: O trafego de drogas, roubos, assaltos, crimes de toda ordem. Salve-se quem puder! Enquanto isso, a Prefeitura faz show com Michel Teló. Pobre educação, chegamos no município ao fundo do poço.
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