quarta-feira, 30 de abril de 2014

FALANDO DE LITERATURA BRASILEIRA - "VOU-ME EMBORA PRA PARSÁGADA"

Quando estudante do cursinho pré-vestibular Barriga Verde em Florianópolis, tive um professor de literatura brasileira que se tornou inesquecível na minha vida devido o seu entusiasmo e desenvoltura pelo teatro que formava principalmente quando recitava um verso. Lembro-me apenas que era um professor natural de Palhoça, irmão do amigo Josias, filho do seu Gercino; caso não esteja enganado.
Uns dos versos mais marcantes que recordo ver o professor recitar foi o de Manuel Bandeira - “Vou-me embora pra Pasárgada”
Segundo o próprio Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em sua vida. Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na imaginação do autor como uma paisagem fabulosa, um país de delícias. No entanto, mais tarde, quando Bandeira morava só, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-se de súbito do subconsciente o grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Tornou-se assim, a primeira célula do poema. Que descrevo abaixo:
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

segunda-feira, 28 de abril de 2014

AUDAX FLORIPA 2014 – MINHA SEGUNDA PARTICIPAÇÃO

Recebendo a premiação da Fiscal de Prova
Audax é o nome dado no Brasil a um evento ciclístico não-competitivo e de longa distância, conhecido internacionalmente pelo nome de "randonnée".
A prova aconteceu neste domingo 27/04, em Florianópolis.
O grande foco dos eventos Audax no Brasil é a possibilidade de percorrer longas distâncias com uma bicicleta seguindo seu próprio ritmo (em francês, allure libre), terminando o percurso dentro do tempo limite estabelecido, que será de 6 horas, para um percurso escolhido de 100 km.
Acordei as 04h30min da manhã, passei no centro de Palhoça para pegar meu irmão e fomos em direção a Floripa. A largada foi dada às 6h e 10 minutos, na Avenida Madre Benvenuta, ao lado do shopping Iguatemi, enquanto ainda estava agonizando de ansiedade na revista de inspeção, realizado pela organização da prova.
Já liberado tive que forçar no pedal para poder chegar ao pelotão da frente, onde esperava pedalar com mais liberdade e segurança.
Neste momento, sumiu a ansiedade e a adrenalina que estavam acumuladas dentro de mim. Mesmo ciente de que precisava administrar o esforço para completar a prova dos 100 Km, resolvi forçar nos primeiros 30 Km.
Sobre a ponte em direção a Beira mar do Estreito, percebi que já havia me distanciado bem do pelotão de trás, a minha frente à cerca de 1 km avistava o pelotão de frente, Segui forçando e ultrapassando vários ciclistas. Estava sentindo-me bem fisicamente e muito feliz!
Na subida do primeiro morro em direção ao bairro de Capoeiras, senti uma grande emoção, diferente de tudo que já havia sentido, quando vi o esforço de um pai carregando em sua bicicleta adaptada seu filho portador de necessidades especiais. Ao ultrapassá-los no esforço da subida fui recepcionado com um bom dia muito gostoso pelo pai e por um grande sorriso do filho.  Confesso! Fiquei emocionado, lágrimas correram nos meus olhos, fiquei contagiado pela força, satisfação e alegria daquela grande dupla.
Revigorado e determinado, segui forçando pela Presidente Kenedy, Praça de São José, retornando pela Ponta de Baixo até o final da beira mar de São José. Neste momento, passei a sentir o esforço, dei uma parada de 5 minutos para hidratação e passei a dosar a força e controlar a respiração. Deu certo, me mantive num bom nível, tanto que consegui acompanhar um grupo de ciclistas de Novo Hamburgo/RS até o Posto de Controle - PC1, no final do Ribeirão da Ilha, passando pelo Abrão, Coqueiros, travessia da Ponte, Costeira e base Aérea.
Carimbando o Passa Porte no PC 1
No posto de controle, carimbei o passa porte, alimentei-me rapidamente  e segui na prova como “vagão”, junto aquele grupo de ciclistas do RS. Pois sabia que devido ao forte vento sul que soprava precisaria de um grupo para amenizar o esforço até o bairro do Pântano do Sul. Confesso que pedalar contra o vento traz certo desanimo.
Então segui contra o forte vento de carona, ou de “vagão” como queiram, atrás do grupo de ciclistas em sentido Morro das Pedras em direção ao Pantano do Sul. Na retaguarda de um grupo no vácuo do vento o ciclista tem a sensação de alívio contra a força do vento que castiga a resistência. Durante o percurso observei que havia entre eles o sentimento de equipe, pois se alternavam na dianteira constantemente. Num determinado momento fui chamado a assumir a dianteira e por um sentimento de equipe e de gratidão passei a frente. Porém, suportei menos de 10 minutos a pressão do vento e o ritmo dos ciclistas.
Aos poucos fui ficando para trás dentro do meu ritmo. No entanto, todo o esforço foi recompensado no retorno do Pantano do Sul. Neste sentido o forte vento colaborava. E assim foi até o Campeche e Lagoa
Percorridos 105 Km, no alto do bairro Rio Tavares, já próximo da Lagoa apareceu alguns sinais de fadiga, porém a vontade de vencer o desafio me fez superar todos os obstáculos. O estimulo de outros participantes e da população foram importantes ao psicológico, segui acreditando. Faltava pouco! 
Encontro com o Amigo Vinicius Duering
Neste momento, para minha alegria avistei pedalando a minha frente o meu querido amigo Vinicius Duering. Busquei forças e consegui alcançá-lo. Seguimos pedalando juntos até a Lagoa. Na rua das rendeiras nos despedimos, pois nossos destinos e objetivos eram diferentes, o do Vinicius muito maior estava fazendo os 200 Km e Eu os 100 Km. Segui pedalando morro acima, no topo do morro cansado, parei para respirar, hidratar e buscar um pouco de energia. Sabia que o objetivo estava logo ali em frente, era descer o morro pedalar mais uns 2 km e comemorar.
Enfim, cheguei! Cortei a linha de chegada. Emocionado e mais uma vez com lágrimas nos olhos estendi o braço em sinal de vitória. Havia conseguido mais uma vez.

Valeu! Vamos pra próxima.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

UMA HOMENAGEM A MINHA QUERIDA IRMÃ KÁTIA PELA SUA APOSENTADORIA

Na foto: Kaká de Amarelo

Kaká! É uma fase na sua vida que se encerra. A Escola João Silveira do bairro Aririú sentirá sua falta. Foram anos de lutas, de sonhos, dificuldades, frustrações, realizações, vitórias, conquistas e muitas alegrias. E valeu a pena! Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena, e a sua sabemos que é gigante.
A Educação, direito de todos e dever do Estado, condição para o desenvolvimento do país e pressuposto de dignidade de seu povo, é sempre lembrada e citada com prioridade em períodos de campanhas eleitorais, para ser, em seguida, rapidamente esquecida. 
Na verdade, a nossa Educação conta tão somente com a luta e a dedicação de pessoas como você, que sempre teve como sonho e objetivo proporcionar um ensino de qualidade às crianças e jovens, que têm na formação uma possibilidade de ascensão social. 
Para eles, e para nós, a sua dedicação e os seus esforços não foram em vão. 
Com a aposentadoria, talvez venha uma certa tristeza, pelo afastamento da convivência diária de pessoas queridas, amigas. Mas, com certeza, serão maiores os motivos de alegria, como a consciência do dever cumprido, o descanso justo e merecido, e um tempo maior para si. 
Aproveite bem a sua aposentadoria. Mas não se isole!
Um beijo Grande do seu irmão e muitas felicidades nesta nova fase que se inicia em sua vida.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

PARABÉNS MINHA QUERIDA CIDADE PELO SEU ANIVERSÁRIO

Palhoça, uma cidade resplandecente, uma gigante. No entanto, ainda adormecida. Viva, mas em permanente ebulição. Cidade que cresce, mas não desenvolve. Cidade hoje fortalecida pelas mãos de migrantes que chegam de todas as partes, gente vinda de longe, de todas as regiões do estado e do Brasil.
Cidade que cresce sem freios, sem saneamento básico, sem planejamento urbano com modernos e enormes edifícios se aglomerando, mostrando-nos, que não existe o menor planejamento e organização. Mas é uma cidade que tem em seu leito um potencial turístico, cultural e econômico adormecido e inexplorado. Porém, nos faz acreditar que com um pouco de criatividade e organização num futuro próximo poderá se tornar um dos mais dinâmicos pólos econômicos da grande Florianópolis.
Palhoça uma cidade ativa e vibrante de culturas e raças que se misturam formando uma sociedade que ainda busca uma identidade.
Sociedade esta iniciada pelos açorianos que aqui chegaram, que nas praias palhocenses desembarcaram, que junto com os alemães e tropeiros, fundaram esta Cidade.
Hoje, 120 anos se passaram, agradeço a Caetano Silveira de Matos e aos povos que se uniram para criar e construir através da história esta cidade.
Dos engenhos de farinha, fez-se Palhoça... cidade que cresce, se esparrama em novos bairros gigantescos, carregando em seu território os sonhos de todos os seus habitantes.

PARABÉNS POPULAÇÃO PALHOCENSE.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

OS AMARILDOS: QUE SOCIEDADE CRISTÃ É ESTA QUE CONDENA, MARGINALIZA E DISCRIMINA SERES HUMANOS – Um desabafo!

Tanto nas ruas de nossa cidade conversando com pessoas, como nas redes sociais, tenho observado que a grande maioria está de forma categórica qualificando aqueles pobres coitados acampados na região do Maciambú como “mandriões, vagabundos e verdadeiros bandidos”.
Entendo e compreendo o estado de indignação de todos em relação à situação de abandono em que se encontra nossa cidade. Porém, estamos falando de pessoas, seres humanos. Criminalizar as ocupações é se esquivar do problema social, político e econômico que elas representam. É condenar sumariamente famílias: homens, mulheres e crianças que lutam pela recriação de sua existência como trabalhadoras.
Como tudo na vida, reconheço, que entre eles devam existir alguns oportunistas e aproveitadores, mas com certeza é uma minoria.

Aqueles que me conhecem sabem que não sou um homem religioso, acredito muito em Deus, mas foram raras as vezes que frequentei a igreja. Contudo, tenho uma formação cristã e humanista voltada às questões sociais, políticas, culturais e éticas relativas ao município e ao País.

Preocupa-me muito a situação dessas famílias pelas condições desumanas e de saúde em que estão expostas. Além claro, da desintegração social, do desemprego e da perda de identidade cultural causados pelo abandono.
Mas, volto a afirmar que estamos falando de pessoas, repito: são homens, mulheres e muitas crianças, todos seres humanos.
Então pergunto? Mas onde está o espírito cristão dessa gente que condena, exclui e discrimina? E o sentido da Páscoa? Ah! Passou. Vamos então simplesmente condenar aqueles seres humanos a marginalidade? Passou-se 2014 anos e a história se repete. Acho que estou cansado de ver tanta hipocrisia, tanto discurso e pouca prática, sejam eles de religiosos ou de políticos.
As mesmas pessoas que hoje qualificam de forma pejorativa aqueles seres humanos, condenando-os ao ostracismo, a marginalidade e a própria sorte, serão as mesmas que irão ao próximo domingo as suas igrejas rezar, orar e pregar a vida cristã.
Não defendo invasões, mas a nossa cultura tupiniquim faz com que sejamos tolerantes as invasões dos ricos. Isso mesmo! Aqueles que constroem suas casas nas dunas e restingas encima das praias, dos costões, rios, lagos e até dentro dos mangues. Mas por outro lado, somos totalmente intolerantes a invasões dos pobres, cujo objetivo é apenas o sagrado direito a terra e ao trabalho. É preciso refletir!
O leitor deve estar pensando que estou louco. Mas digo que não. Estou sim de saco cheio de ver pessoas, religiosos e políticos se utilizando de passagens bíblicas para esconderem suas verdadeiras faces, quando cometeram e continuam cometendo irregularidades mais danosas e criminosas do que aqueles pobres coitados conhecidos como “Amarildos”.
O Brasil avançou muito na diminuição da desigualdade social. Mas é necessário que o país avance mais, principalmente na questão fundiária. A reforma agrária precisa garantir um processo mais rápido e eficiente, que deixe a invasão de terras totalmente desnecessária.
Isso é o que penso.

Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (Mateus 7.1). 
Vamos refletir!

OS 120 ANOS DE PALHOÇA E A VERTICALIZAÇÃO DA CIDADE EM RITMO ACELERADO. (Que cidade pretendemos para o futuro e qual o caminho seguir?)

Palhoça: Bairro Pagani
      Palhoça completa nesta quinta-feira (24) 120 anos de fundação. A cidade constitui nos tempos atuais uma grande aglomeração urbana, compondo um espaço amplo e diversificado que abarca uma população de aproximadamente 160 mil habitantes.
O solo e a habitação em Palhoça foram transformados na última década em mercadorias de grande consumo, que só aumenta, visto que a cidade está estrategicamente situada nas proximidades da capital Florianópolis.
Na década iniciada no ano de 1990, tivemos o início da expansão imobiliária em Palhoça a partir da construção dos Bairros Pagani e Pedra Branca.
A construção da avenida central do bairro Pagani passou a dar mais vazão ao tráfego em direção aos bairros do Caminho Novo, São Sebastião e Passa Vinte. A sua fluidez interligou os principais eixos arteriais com acessibilidade e rapidez, que contribuiu para que a atenção do mercado imobiliário se dirigisse para aquela área.
O Conjunto dos empreendimentos imobiliários nesse espaço deram nova feição a Palhoça, que passou a caracterizar-se pela predominância de edificações verticais. Essa nova ocupação proporcionou a cidade crescimento, porém, sem o desenvolvimento esperado, pois a qualidade de vida da população não acompanhou o ritmo do crescimento populacional, bem como, os serviços públicos de atendimento a população, principalmente os de saúde e educação.
A cidade é um espaço dinâmico que está em constante movimento, em constante mudança dentro de um necessário planejamento. Junto a essas mudanças, alteram-se também a sua paisagem, suas formas e as suas funções.
Muitos são os atores responsáveis por essas alterações. Meu objetivo é provocar uma discussão sobre o processo de verticalização acelerada do município de Palhoça, com o intuito de detectar os mecanismos e os processos necessários para modelação do espaço urbano na cidade.
O bairro Pagani está se formando através de um processo de verticalização acelerado. Seus limites com os bairros do Caminho Novo e Passa Vinte, mostram claramente que esta é uma área de transição que deve se expandir rapidamente para os demais espaços onde prevalecem residências de uma população menos abastada e de menor renda.
Enquanto áreas e espaços de transição os bairros Pagani e Pedra Branca possuem contradições e problemas estruturais que podem inibir essa verticalização.
Os dois principais problemas são:
1)     A falta de um projeto de saneamento básico e de prevenção de enchentes. (Os bairros estão localizados em território historicamente vulnerável a grandes alagamentos).
2)      A falta de acessibilidade aos bairros e a ligação com a BR- 101, bem como, com o centro histórico da cidade. (Acessar e sair dos bairros se transformou nos últimos anos num verdadeiro pesadelo)
Quanto aos demais bairros a verticalização da cidade tem provocado os mais variados problemas. Entre tantos, vejo com grande preocupação a questão ambiental e de trafegabilidade causados pelo aumento da população e pela falta de saneamento básico. 
Enfim, que cidade pretendemos para o futuro e qual o caminho seguir?

terça-feira, 22 de abril de 2014

ENQUANTO A POPULAÇÃO CARECE DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE, A PREFEITURA DE PALHOÇA PROMOVE UMA FESTA COM A CANTORA PAULA FERNANDES

UPA 24 horas - SEM DATA PARA INAUGURAÇÃO
“A velha política do pão e circo sendo aplicada na nossa querida cidade de Palhoça”.
Embora digam que a vinda a Palhoça da Cantora Paula Fernandes seja patrocinada pela CEF, existe toda uma estrutura sendo criada no local que certamente envolve muitos recursos públicos e tempo de servidores que poderiam ser destinados a outras atividades urgentes e relevantes em benefício da cidade.
Nosso Município carece de tudo que é essencial para atendimento das necessidades básicas da população: faltam Creches, escolas, unidades de saúde sem médicos e remédios e ainda com falta de itens básicos para o atendimento como gazes, desinfetantes, etc.
Nossas estradas estão em estado lastimáveis muitas delas intrafegáveis o que evidencia a falta de pequenos serviços públicos de manutenção e reparos.
Faltam também serviços de limpezas de ruas, calçadas e praças, que simplesmente não existe no município. A prova disso é o próprio local onde será realizado o evento, o bairro “Nova Palhoça”, boa parte da avenida central encontra-se sem iluminação e tomada pelo mato.
120 anos da Palhoça deveria estar sendo comemorada com a entrega de importantes obras públicas, vejo a UPA 24 horas como a principal delas, com a entrega das creches da Vila Nova e do Loteamento Dona Miriam para uso das famílias. Obras essas, todas financiadas com recursos do governo federal que se encontram no município já há muito tempo.
O povo precisa e gostaria de ter notícias sobre a solução do problema da falta de saneamento básico, de obras estruturantes de mobilidade urbana, como a construção de pontes e viadutos que possam ligar um bairro a outro na cidade, como é o caso do bairro Nova Palhoça, que leva nada a lugar nenhum, pois o trânsito acaba fluindo para as velhas e saturadas vias centrais do bairro Rio Grande e dos Pachecos.

Palhoça não precisa de show. Precisa sim, de um maior planejamento, de grandes e audaciosos projetos de obras que solucionem os seus graves problemas. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

PALHOÇA RECEBE AS 400 FAMÍLIAS DO ACAMPAMENTO AMARILDO. ALÉM DA QUESTÃO SOCIAL, UM PROBLEMA AMBIENTAL

As 400 famílias do Acampamento Amarildo que há quatro meses ocupavam terreno de nove hectares, no bairro Vargem Pequena em Florianópolis, foram deslocados para um terreno em Palhoça no Bairro Maciambú, nas proximidades do Morro dos Cavalos.
Quatro ônibus foram utilizados para o transporte das famílias, uma caçamba e um caminhão baú auxiliaram no carregamento de móveis, roupas, utensílios domésticos e madeira usados na construção de barracos.
- É necessário que o país avance na questão fundiária. A reforma agrária precisa garantir um processo mais rápido e eficiente, que deixe a invasão de terras totalmente desnecessária. 
Criminalizar as ocupações é se esquivar do problema social, político e econômico que elas representam. É condenar famílias sem-terra que lutam pela recriação de sua existência como trabalhadoras.
Por outro lado, preocupa-me muito a situação dessas famílias pelas condições desumanas em que ficarão expostas.  Além claro, da desintegração social, do desemprego e da perda de identidade cultural que certamente irá acontecer pelo provável abandono das autoridades.
Temo que este assentamento ainda cause graves problemas ambientais, por se tratar de uma área onde a fauna e a flora são abundantes pela formação da Bacia do Maciambú, localizada no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

terça-feira, 15 de abril de 2014

DE BIKE RUMO A CIDADE DE ANGELINA DESDE 1980

Na foto de 1980: XIV Estação da Gruta de Angelina.
 Sérgio e Iran
Em 1980, com ajuda do meu pai comprei na loja Arapuã a minha primeira bicicleta para longos percursos. A bike era uma Monark 10 marchas e representava o que tinha de melhor para aquele tempo.  
Logo comecei a utilizar a bicicleta regularmente para os mais variados deslocamentos. Na época com 16 anos trabalhava como Office-Boy no BESC e muitas vezes a bike foi meio de transporte para ir de Palhoça a Florianópolis ao trabalho, bem como, para as atividades esportivas realizadas nos finais de semana no Bem Bolado (sede associativa dos funcionários do Besc), localizada no Morro da Cruz.
Na época, ganhando um salário mínimo e quase sempre duro ou com pouco dinheiro, minha bike foi se tornando cada vez mais importante e companheira. No verão após sair do trabalho, principalmente nas sextas-feiras, visando principalmente economizar o dinheiro da passagem, pedalava em direção a praia do sonho e da Pinheira onde acampava com amigos nos finais de semana.
No entanto, referente ao uso da bicicleta, o que mais me marcou naquele tempo foi a minha primeira viagem de bike a cidade de Angelina realizada no dia 06/12/80, as vésperas da festa de Nossa Senhora de Angelina na companhia dos queridos amigos Sérgio (da Vadica), Gijo, Bolão e Laércio.
Na foto: Laércio, Bolão, Iran e Gijo
Ir de Palhoça até Angelina naquele tempo era uma verdadeira aventura, devido às péssimas condições da estrada que em dias de chuva possuía lama de até 30 centímetros de altura. Muitas vezes precisávamos lavar as bikes nos rios e cachoeiras devido à quantidade de lama acumulada nas engrenagens. Em determinados pontos do trajeto, principalmente entre a Colônia Santana e São Pedro de Alcântara, tínhamos que transportar a bicicleta nos braços.
Partimos na manhã de sábado, 06 de dezembro de 1980 com o objetivo de participar da tradicional festa de Angelina. Tudo era novidade no percurso: paisagens, as localidades, casas antigas, a maravilhosa igreja de São Pedro, as brincadeiras, as moças bonitas que cruzávamos no trajeto. Enfim, tudo que vivemos naqueles dias de nossa adolescência tornou-se algo inesquecível para todos nós.
Na foto: Igreja de São Pedro com Sérgio, Iran
Laércio e Bolão
A bicicleta é um fabuloso meio de transporte e o prazer de pedalar usufruindo das sensações proporcionadas por estar ao meio da natureza é fantástico.
Nesta sexta-feira (18), sagrada para nós católicos, parto mais uma vez na companhia de meu irmão para um passeio de bike a cidade de Angelina. As dificuldades ainda são grandes, mas a pedalada me proporciona paz de espírito e a possibilidade de reflexão em busca de energias positivas.
ABAIXO VEJA MAIS IMAGENS:
Na foto: Na colônia - Sérgio, Iran, Bolão e Laércio

Na foto: Bolão, Sérgio, Laércio e Gijo

Na foto: Bolão e Iran na festa

Na foto: Igreja de São Pedro- Sérgio, Bolão, Gijo e Laércio

Na foto: Bolão e Sérgio na festa

Na foto: Sérgio e Laércio na Praça de Angelina. Um detalhe: O Sergio aparece com
Um bigode feito pelo Bolão com fuligem da descarga de um caminhão.
Foram muitas as brincadeiras.
Na foto: Bolão, Sérgio e Laércio. Detalhe: nesta foto o Sérgio está sem o bigode.
Entrada da Gruta.
Vista do alto da Gruta de 1980
Na foto: Chagada a Palhoça - Recepção de vários amigos no Posto Texaco



segunda-feira, 14 de abril de 2014

MAIS 117 MÉDICOS CHEGAM PARA TRABALHAR EM SANTA CATARINA


Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde recepcionam nesta segunda-feira (14) mais um grupo de 117 médicos estrangeiros que irão atuar nas redes de atenção básica dos municípios de Santa Catarina. Os profissionais fazem parte do Programa Mais Médicos, do governo federal.
Os médicos serão enviados para os municípios de Braço do Norte, Blumenau, Navegantes, Chapecó, Içara, Concórdia, Caçador, Itapema e Santa Rosa de Lima. A recepção aos médicos estrangeiros ocorrerá às 9h, no Ingleses Praia Hotel, Norte da ilha, em Florianópolis.
Durante todo o dia, técnicos da Saúde passarão informações sobre as políticas públicas de saúde do Estado, Telesaúde, programas e ações desenvolvidas na Atenção Básica. Na terça-feira, 15, os médicos estrangeiros conhecerão como funciona o Serviço de Regulação do Estado, o Tratamento Fora do Domicílio (TFD), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o Centro de Informações Toxicológicas (CIT).


sexta-feira, 11 de abril de 2014

1,5 METROS É A DISTÂNCIA QUE PROTEGE

Se você analisar com calma as regras estipuladas pelo Código de Trânsito Brasileiro, perceberá que ele visa fundamentalmente proteger a vida de quem utiliza as ruas, sejam eles motoristas, motociclistas, ciclistas, pedestres ou mesmo carroceiros. E é nesse sentido que foi estipulada a regra do metro e meio.
Um leve toque de retrovisor no guidão fará com que ele vire para a direita, desequilibrando o ciclista para a esquerda e fazendo com que ele caia na via em meio aos carros. Se o próprio carro que o tocou não passar por cima de um braço ou perna, o que vier atrás pode passar por cima de sua cabeça. Você, motorista, não vai querer viver com essa culpa, certo?
E nem é preciso esbarrar no ciclista. O susto do carro muito próximo ou muito rápido, ou até seu deslocamento de ar quando em alta velocidade, podem derrubá-lo da mesma forma. Principalmente um ciclista iniciante ou idoso. E é por isso que ao art. 220 do CTB pede que o motorista reduza ao ultrapassar uma bicicleta.
Há vários motivos para ultrapassar a uma distância segura: o ciclista pode ter que desviar de um buraco (porque se não desviar, corre risco de cair na via); pode ter um desequilíbrio momentâneo que altere sua trajetória um pouco para o lado; o deslocamento de ar do veículo pode desequilibrá-lo; o espaço para ultrapassagem pode ser mal calculado e o retrovisor tocar o guidão. PENSE NISSO!

RESPEITE O CICLISTA.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

SUSPENSE ELEITORAL COM A AGENDA TURBINADA DE LULA

O ex-presidente Lula já disse, repetiu e insistiu que se sente realizado e vê na presidente Dilma Rousseff "dispadaramente a melhor pessoa para vencer as eleições" de outubro. Mas até que estejam estourados os prazos para registros de candidaturas, em junho, certamente ainda terá de reafirmar mais vezes que seus planos não incluem voltar ao Palácio do Planalto. Hoje, dia 10 de abril de 2014, Lula, de fato, não é mesmo candidato a presidente, assim como ninguém é nem pode ser, legalmente, neste momento. Mas, como diz o ditado, ninguém sabe o dia de amanhã.
O certo mesmo é a que a romaria de políticos, empresários, sindicalistas e também de celebridades não para de crescer sobre o Instituto Lula, no bairro do Ipiranga. O escritório de onde o ex-presidente despacha está com a agenda repleta. "Hoje eu recebo mais gente do que quando eu era presidente da República", reconheceu Lula em entrevista, ontem, a blogueiros.

Fonte:  www.brasil247.com

PREFEITO REELEITO PAULO ECCEL DE BRUSQUE EM VISITA AO GABINETE DO DEPUTADO VOLNEI MORASTONI

O pre­fei­to reeleito da cidade de Brusque es­te­ve nesta quinta-feira (10), em Florianópolis, pa­ra bus­car aprovação de projetos e re­cur­sos para me­lho­ri­as no mu­ni­cí­pio. Na oportunidade o ges­tor tam­bém es­te­ve no gabinete do deputado Volnei Morastoni, debatendo e discutindo projetos.

CONTRA AS INDICAÇÕES POLÍTICAS E NA DEFESA DA REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO PARA OCUPAÇÃO DE CARGO DE MINISTRO DO TCU E DE CONSELHEIROS DOS TCEs

Tramita no Congresso a PEC 7/2014,  que institui concurso público de provas e títulos para o preenchimento dos cargos de ministro do TCU. Com a proposta, acabam as indicações políticas e a politização do tribunal que tanto prejudica os interesses do país.
Por outro lado, já aprovada no Senado se encontra na Câmara a PEC 25/2000, que há 14 anos aguarda votação, após ter a constitucionalidade aprovada na CCJ. A proposta da PEC 25/ 2000 prevê concurso público para conselheiro dos tribunais de contas dos estados e dos municípios.
- Entendo que não há método mais adequado para aferir competência e qualificação técnica do que o concurso público. Os Tribunais de Contas devem ser extremamente qualificados e desvinculados de qualquer interesse de natureza política para cumprirem sua missão, que é fiscalizar as contas, apurar as denúncias e conter o processo de corrupção, que existe na União, Estados e Municípios.
Nós precisamos acabar com o esse loteamento de cargos nos tribunais. A indicação de um ministro, de um conselheiro as Cortes de Contas dos Estados não pode atender às negociações de natureza política.

Compre essa ideia! Vamos juntos lutar pela aprovação das PECs 25/2000 e 07/2014.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

DIAS TOFFOLI É ELEITO PRESIDENTE DO TSE

O ministro Dias Toffoli foi eleito ontem (8) presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o ministro Marco Aurélio, que deixará a presidência no mês que vem, quando completará quatro anos no tribunal, prazo de permanência no TSE. Toffoli vai comandar as eleições presidenciais de outubro. O vice-presidente será o ministro Gilmar Mendes. A posse será no dia 13 de maio.
A votação foi simbólica, pelo fato da presidência ser ocupada por ordem de antiguidade entre os três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que também compõem o TSE. Além de Toffoli, Mendes e Marco Aurélio também pertencem ao Supremo. Também fazem parte do TSE dois ministros oriundos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois membros da advocacia.
Toffoli foi empossado como ministro efetivo do TSE em maio de 2012. Ele nasceu em Marília (SP), no dia 15 de novembro de 1967. Formou-se em direito, em 1990, na Universidade de São Paulo (USP), e especializou-se em direito eleitoral. Em 1995, ele começou a atuar como assessor parlamentar do PT. Também foi advogado do PT nas campanhas eleitorais do ex-presidente Lula em 1998, 2002 e 2006. Toffoli também ocupou o cargo de advogado-geral da União.