Para alguns amigos leitores que desconhecem a expressão utilizada na politica: "Pão e Circo", usada em matéria anterior, na qual abordei sobre a contratação do show da Paula Fernandes, pela prefeitura de Palhoça, eu esclareço:
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.
Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo,
pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas
periferias de Roma, em habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de
pouco ou nenhum saneamento básico, e que eram exploradas em empregos de muito
trabalho braçal e pouco retorno financeiro.
Assim, nos tempos de crise, em especial no
tempo do Império, as autoridades acalmavam o povo com a construção de enormes
arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores,
animais ferozes, corridas debigas, quadrigas, acrobacias, bandas,
espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro
costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de
Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao povo romano garantia que
a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática
era que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a
popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada.