Eu e meu Pai |
O
dia dos pais é comemorado no segundo domingo de agosto no Brasil, mas a data é
diferente em cada país. Na realidade, a comemoração começou nos Estados Unidos,
em 1909, por iniciativa de John Bruce Dodd, que teve a ideia de homenagear seu
pai com um dia especial.
Enfim,
a tradição no Brasil não é muito diferente de outros países. O que vale é a
intenção.
No entanto, nesse dia comemorativo os filhos que são órfãos de pai por
alguma circunstância violenta da vida, também são vítimas de uma triste
tragédia. Contudo, esses filhos mesmo com toda a dor podem na vida encontrar pessoas adultas que
darão para elas amor, cuidado, que preencherão de uma certa forma a falta de
seu pai biológico. Porém, existem aquelas crianças, que não são poucas, órfãs
de pais que entre tantos caminhos escolheram abandonar seus filhos,
desprovendo-as de cuidados, amor e afeição. Esse ato é tão triste na vida
desses pequenos, principalmente quando eles sabem que seu pai está vivo e não
lhes dá atenção alguma.
Entre tantos desafios que essas crianças passarão na vida, existe o
desafio que se repete ano após ano, o desafio de comemorar o Dia dos Pais sem
ter esse pai ao lado.
Em situação bem diferente e já adulto, tive uma dor muito grande na
minha vida, quando perdi minha mãe no ano de 1991, vitima de um AVC. Passados
todos esses anos sinto ainda muito a falta do amor da minha mãe; o desalento
aparece sempre que se aproxima o dia delas. A dor de não ter pra quem entregar
o presente no Dia das Mães em minha mente ainda é atormentadora, mesmo sabendo,
que nesse espaço de tempo por muitas vezes o único presente que eu teria para
oferecer a ela seria apenas um abraço, mas eu queria dar.
Graças a Deus tenho o meu Pai, hoje um velho senhor de 76 anos. Domingo,
os cinco filhos, netos e bisnetos, estarão todos reunidos mais uma vez com ele
para homenageá-lo e agradecer as oportunidades e a educação que nos ofertou e a
semente do amor que plantou em nossos corações.