domingo, 18 de agosto de 2013

PALHOÇA É UMA CIDADE DE ANALFABETOS. E COM TANTA CRIANÇA SEM CRECHE E ESCOLA CONTINUAMOS A MANTER UMA FACULDADE COM RECURSOS DO MUNICÍPIO

A LDB estabelece algumas regras com o objetivo de organizar o sistema educacional brasileiro em regime de colaboração – ou seja, de corresponsabilidade entre todos os entes federativos (União, estados/Distrito Federal e municípios), conforme definido na Constituição (art. 205).
Assim, existe uma divisão de responsabilidades entre municípios, estados e União. Aos municípios, por exemplo, cabe a função principal de oferecer vagas em creches, pré-escolas e no ensino fundamental. Os estados devem priorizar o ensino médio, mas também atuar, em parceria com os municípios, na oferta de ensino fundamental. À União cabe organizar o sistema como um todo e regular o ensino superior.
Se há falta de vagas em creches, por exemplo, a principal autoridade a ser cobrada é o secretário municipal de educação. No caso do ensino médio, a responsabilidade essencial é dos estados.
Essa definição não representa, contudo, que os demais entes possam se eximir de qualquer responsabilidade em níveis que não aquele que lhe seja prioritário por lei, já que a LDB prevê o trabalho em regime de cooperação.
Por outro lado, exemplificando, enquanto a população de Blumenau e região comemoram a decisão da instalação de uma extensão da UFSC com previsão de 500 vagas, com contratação de 123 professores, para funcionamento de 5 cursos superiores, todos identificados com a vocação econômica da região, em Palhoça nossos “gestores” insistem em manter uma Faculdade Municipal que custa R$ 2 milhões por ano aos cofres públicos municipal. No entanto, antes que professores e alunos da FMP me chamem de louco, retrógado e de outras coisas mais, quero deixar claro que acho sim importante a faculdade. Porém, defendo que seja bancada com recursos do Estado e da União. O município precisa investir e priorizar a base da pirâmide, criar políticas públicas de inclusão social para as pessoas menos favorecidas, excluídas e verdadeiramente desafortunadas.
Palhoça é a cidade de Santa Catarina que possui o maior déficit de creches e escolas de ensino fundamental em Santa Catarina. Se não bastasse, 51% da população palhocense é analfabeta ou semi-analfabeta. Estamos tapando o sol com a peneira com a conivência da  população que deveria estar lutando por menos desigualdade.
Então! Por que não reivindicamos a transformação da FMP em uma extensão da UDESC ou da UFSC? Isso é pedir de mais? Claro que não! É possível e de direito. Porém, essa idéia tem que ser encampada por todos. Mas é preciso consciência e vontade política. Portanto, senhoras e senhores, alunos, dirigentes e professores, mexam-se! Esse é o melhor caminho para todos.