O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote - que seria o primeiro da história americana.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios.
Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei.
Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em pronunciamento na Casa Branca que a falta de um acordo que permita elevar o teto da dívida do país trará problemas sérios à economia.
Um eventual calote do país que é considerado o pagador mais seguro do mundo teria efeitos também para o Brasil: por exemplo, encareceria o custo de financiamento para bancos e empresas brasileiras, valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados, o que geraria inflação.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera “sensatez” do governo e de políticos norte-americanos para solucionar o impasse sobre a negociação da dívida dos EUA