sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma conversa com José Fritsch, presidente estadual do PT.

A bancada petista tem uma atuação vigorosa e responsável na Assembleia Legislativa. Esta é a avaliação do presidente do PT de Santa Catarina, José Fritsch, que fala também sobre os debates da Reforma Política, da organização interna do partido e o movimento de preparação para as eleições 2012.
Avaliação da Bancada do PT na Alesc
“Nossa avaliação da bancada estadual é muito positiva, pela relação construída com a liderança estadual do partido, na presença dos principais debates, no planejamento das estratégias de oposição ao governo, com responsabilidade, com propostas, com contra-argumentos. Uma oposição atuante tanto de cada deputado, mas também coletivamente, permitindo que tenhamos um desempenho político vigoroso na Assembleia Legislativa, o que repercute bem dentro do PT. Exemplo disso foi a atuação da bancada do PT no movimento dos professores para implantação do piso nacional do magistério. Nossa bancada teve uma posição importante e o resultado está aparecendo. Também nas questões que envolvem a moralização dos atos da Casa, especialmente no trato das aposentadorias por invalidez, nossa bancada atuou de modo firme. Há ainda outras áreas, como saúde, meio ambiente, pesca, entre outras.”
Organização Partidária e eleições 2012
“Nos meses de maio e junho promovemos reuniões em todas as 33 microrregiões do PT do Estado para debater sobre a organização do partido, a conjuntura política de oposição na Assembleia, a retomada da relação com os movimentos sociais, sindicais e a lutas diárias do povo catarinense. Também foram eleitos os coordenadores das microrregiões e iniciado o debate sobre as eleições de 2012, para que o partido comece a organizar seus processos, faça os planejamentos municipais, discuta composição de chapas, a escolha de candidatos e as possíveis alianças na disputa eleitoral.
Uma orientação do PT nacional é de que as Comissões Provisórias não participarão do processo eleitoral de 2012, o que incentiva a organização partidária, com eleição de uma direção executiva pelos filiados. Por isso, no início de julho, o diretório estadual coordenou a realização do Processo de Eleições Diretas Extraordinário (PEDEX) em 61 municípios, transformando as comissões provisórias em diretórios municipais. Com isso, o PT estará apto a participar das eleições em cerca de 210 municípios catarinenses. Alguns ainda ficarão com a Comissão Provisória e em poucos o PT não está organizado.”
Reforma Política
“Também estamos promovendo nas microrregiões o debate sobre a Reforma Política, que é um dos pontos centrais se quisermos dar um salto de qualidade na política brasileira. A causa geradora de grande parte da corrupção dos governos é o financiamento privado empresarial das campanhas eleitorais. Para acabar com isso, só tendo exclusivamente o financiamento público. Isso é fundamental.
Outro ponto é o fortalecimento dos partidos. Tirar da política o poder do personalismo, de pessoas que independente de partido vão se constituindo e se reelegendo. Isso tem um valor, mas na forma como está hoje causa uma deficiência muito grande nas disputas, na discussão de quais são os grandes projetos nos municípios, no estado e no país. Isso é ruim na medida em que não se tem mais oposição, partidos de esquerda, ideológicos, não se tem mais teses.
Os partidos estão muito parecidos, porque não temos mais uma estrutura político-partidária em que o partido estabelece a política e seus candidatos. Da forma como está, a participação das mulheres, da juventude, dos setores sociais que já tiveram mais espaço institucional das disputas eleitorais, tem cada vez menos força na representação do resultado eleitoral por conta da legislação atual. Hoje, um bom caixa ou um bom marketing garante a eleição de qualquer cidadão, independente da bandeira defendida.”
Campanha de filiação
“O diretório estadual está promovendo uma campanha de filiação com a meta de dobrar o número de filiados até as eleições de 2012. Destaque para a filiação de mulheres e da juventude. É necessário que o partido abra este espaço para filiações. A meta de cada município é dobrar o número, mas alguns vão triplicar ou até quadruplicar. São pessoas que vão finalizar o processo de filiação, outras que têm interesse em participar e não sabiam como fazer. Há quatro ou cinco anos o PT não fazia este chamado, acredito que teremos um bom resultado.”
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