Foto datada de Novembro de 1980, em Palhoça. O local é o bar do Maneca em frente ao posto Texaco do seu Evádio.
São eles : acima, joão, Jijo, Iran, Nego, Fofinho, Jaime e ????.
Abaixo, Sérgio da Maricha, Nego do Heres, Sérgio da Vadica, Estefano e Venilton da Dona Velha.
Nasci em 1964 e me criei nessa terra, eram vastos os pastos e mangues onde brincávamos, construíamos campos de futebol tipo o “merdão”o “isoladão” e o “campinho”. Realizávamos os nossos próprios campeonatos e geralmente o troféu era uma garrafa de pureza. Todos se conheciam e havia segurança, brincávamos nas ruas até tarde da noite de patrulha, pega-pega e outras mais.
Muitas vezes, após sairmos do grupo (Venceslau Bueno) ou de uma tarde de futebol íamos todos nos banhar nos Rios. Era no Porto Pedrinho, era no pocinho da Caieira do seu Leopoldo, era no Rio da Draga (Rio Passa vinte) e no Rio das ostras, que fica localizado depois do prédio da Apae de Palhoça. Isso tudo acontecia a cerca de apenas 30 anos atrás. Havia fartura de peixes, siris, camarões e moluscos de todo o tipo.
Ao longo do tempo, assistimos passivamente a destruição e a ocupação gradativa e impiedosa dos mangues e rios da nossa Palhoça. Sei que o progresso é necessário e importante para a geração de emprego e renda. No entanto, defendo um crescimento planejado e sustentável. O município está chegando ao seu limite não comporta mais tanta destruição e construções sem uma infra-estrutura adequada, falta tudo.
A Palhoça é uma terra sem Lei, sem nenhum planejamento. Nossa prefeitura, mas parece uma imobiliária, você paga, você pode tudo. A explosão imobiliária inconseqüente tornou o cidadão que aqui reside refém de si mesmo, caminhar ou pedalar pelas ruas tornou-se um grande perigo de morte.
Contudo! Parabéns Palhoça pelos seus 218 anos.