Os municípios que formam a região da grande Florianópolis vêm apresentando nos últimos anos um crescimento muito acima da média nacional. Pelo que percebemos haverá nos próximos anos um crescimento ainda maior de cidades como Biguaçú, Santo Amaro da imperatriz, São José e Palhoça. Assim, grandes problemas vão se tornando maiores a cada dia. Entre eles o da mobilidade urbana. Se hoje o transporte nessas cidades é caracterizado por um sistema complexo ineficiente, composto de diversas variáveis e subsistemas, no futuro próximo terá que ser diferente, pois cada vez mais pessoas irão necessitar do transporte coletivo. Dessa forma, precisamos de um sistema eficiente, que alie qualidade de vida, rapidez, pontualidade com proteção ao meio ambiente.
O problema é que a nossa região tem expandido a mobilidade por meio do automóvel, uma opção de transporte que traz consequências negativas à qualidade de vida e ao meio ambiente. Essa expansão se explica em parte por uma forte influência do crescimento econômico vivido no país na última década e por serem estas cidades muito próximas da capital Florianópolis, que é um atrativo e um sonho de muita gente.
A foto acima tirada às 18:30, do dia 13/12, no terminal cidade de Florianópolis, mostra o tamanho da fila, que reflete o déficit na oferta de transporte coletivo rápido, pontual e de qualidade para atender os usuários da região.
Sabemos que muita coisa tem que melhorar nessa questão da mobilidade. Poderíamos ficar aqui durante horas escrevendo sobre os problemas e os prejuízos causados pelo atual sistema de transporte coletivo.
Precisamos sim, de boas soluções como as já praticadas em outras cidades, como é o caso da Linha 4 – Amarela do metrô de São Paulo. Com mais de 12 km de extensão, ela terá, quando concluída, 11 estações, entregues à população por etapas. Até 2014, as cinco estações restantes deverão estar em pleno funcionamento.
O investimento no transporte metrô ferroviário possibilita atrair novos usuários que, antes, teriam apenas como opção o transporte por carro e ônibus, otimizando o tempo do trabalhador, tornando-o mais produtivo, sem contar a redução do congestionamento na cidade. Mas não é só. Ainda existem ganhos sociais e ambientais com a implantação desse tipo de projeto.
No caso da Grande Florianópolis, haverá ainda um outro ganho social muito importante, pois integrará regiões que hoje configuram-se como importantes pólos da vida social e econômica, gerando altos fluxos de usuários, especialmente no que se refere ao transporte para a região central da cidade.
Por fim, nós cidadãos, usuários do transporte coletivo, temos que lutar pela elaboração de um projeto para construção de um metrô ferroviário, seja de superfície ou de subsolo, para resolver os problemas do transporte coletivo da região da Grande Florianópolis.
Contato: ialfredogsantos@gmail.com