Avanços significativos foram feitos no processo
democrático no Brasil desde o fim do regime militar. Desde então houve
regularidade de eleições, de funcionamento do Poder Legislativo e de
alternância de poder. No entanto, persistem características de comportamento
político em nossa cidade de proteção de interesses de alguns grupos e famílias
que deixa a sociedade distante, desprovida de acesso a educação, a saúde e o
que é pior desinformada, sem voz, sem oportunidade de intervir no processo
político a não ser pelo cabresto.
Existe um sistema operante em nossa prefeitura
pouco transparente, que não valoriza o mérito, que se mantém desconectado, que
impede que o interesse público sobressaia sobre o privado. Desse processo
derivam os sucessivos escândalos como os que presenciamos em Palhoça nos
últimos 12 anos. É preciso uma nova prática no modo de fazer política com
austeridade e absoluta seriedade no uso
dos recursos públicos; criatividade e ousadia para ir além do possível. O
dinheiro público é sagrado. Temos que ter responsabilidade com o crescimento e o meio ambiente. Assim como termos o diálogo como
prática em todas as instâncias de reflexão, decisão e execução das ações
voltadas ao bem comum. Precisamos fazer da participação e envolvimento da
sociedade o pilar de sustentação do governo, inclusive para superar as pressões
fisiológicas.
Por outro lado, mais do que abrir as informações
sobre os gastos da prefeitura, é preciso dar transparência aos critérios para
definição de prioridades de investimento e possibilitar à sociedade o acesso
aos dados e informações, promovendo ampla, contínua e irrestrita ação de
combate à corrupção e mau uso dos recursos públicos em todos os níveis da
administração municipal. Recursos públicos devem ser tratados como recursos
sagrados.
Assim entendo que precisamos de
renovação de nomes e pessoas. Para tanto, é preciso que os jovens palhocenses
se interessem por política. Digo aquele jovem comum: estudante, trabalhador,
batalhador e não aqueles criados por águias e velhas raposas políticas que
desejam se perpetuar no poder transmitindo os mesmos vícios e costumes da velha
política do clientelismo e do favorecimento. Precisamos de políticas públicas e
de gente jovem com tesão para lutar e construir uma sociedade mais justa e
fraterna em Palhoça e no Estado.