Previsto para chegar a Alesc na próxima semana, o pacote de reajustes
salariais do funcionalismo público estadual, elaborado pelo governo, já vem
provocando debates no Parlamento catarinense. Em especial, os índices previstos
para a categoria da Segurança Pública. Na sessão ordinária da manhã de ontem
quinta-feira (31), o deputado Amauri Soares criticou a ideia, veiculada pela
imprensa, de que os reajustes planejados colocariam os policiais catarinenses
no topo dos mais bem remunerados do país. “Infelizmente difundiram uma
notícia inverídica, ou pelo menos tendenciosa. Talvez seja melhor se tomarmos
como referência apenas a cúpula, que passará a receber R$ 26 mil e não a base,
com R$ 4,3 mil. O projeto continua ruim”, disse.
Apresentando os números propostos pelo Executivo, o deputado Darci de
Matos reafirmou que os novos patamares salariais colocarão os vencimentos da
categoria entre os melhores do Brasil e desafiou os críticos ao projeto a
provarem o contrário. “A partir de agosto um agente da Polícia Civil ou soldado
passará a receber de R$ 4.520, se aposentando com R$ 12 mil. Já um delegado,
terá salário inicial R$ 12 mil, terminando a carreira com vencimentos de R$ 26
mil. Vai ser o melhor salário da Segurança Pública do Brasil. A oposição que
traga os demais salários estaduais para fazermos uma comparação”.
Em aparte, Amauri Soares rebateu dizendo que um soldado só teria
condições de se aposentar com R$ 12 mil caso fizesse um concurso e chegasse ao
posto de terceiro sargento ou subtenente, situação rara na corporação.
“Precisamos que os demais parlamentares convençam o governo a não tratar os
praças de forma preconceituosa em relação aos oficiais”, criticou.