Surdos, cegos e mudos. |
Em todas as cidades
onde se vive a democracia o papel da oposição política é reconhecido pela sua
importância. Entendo que em Palhoça o papel de oposição e fiscalização deveria
ser feito principalmente por vereadores que se elegeram em outra coligação, ou
seja, em outra proposta de governo não vencedora, como é o caso dos vereadores
Keka, Brant e Pitanta do PMDB/PT/DEM, Zana, Nelsinho e Reni do PSDB.
Infelizmente
a oposição na Câmara de vereadores de Palhoça não existe. Tem um ensaio aqui,
outro ali, outro acolá do vereador Zunga, mas todos sabem que não passa de
show pirotécnico de jogo de cena para barganha de mais benefícios.
Infelizmente
a grande maioria de nossos vereadores vivem uma crise de identidade, padecem de
discurso e da falta de conhecimento dos problemas da cidade e da sociedade
palhocense. Essa crise atingiu também alguns partidos em Palhoça, que
abandonaram bandeiras históricas em nome de “projetos” pessoais.
Assim,
segue a cidade há anos neste cenário de bagunça generalizada, já que todo
prefeito que entra deita e rola, sem enfrentar oposição, pois todos passam a
ser governo do dia pra noite. É impressionante! As estradas municipais
encontram-se em péssimo estado. A Educação está falida faltam creches e escolas,
os postos de saúde vivem no caos lotados com falta de médicos, remédios e de
equipamentos de qualidade. Todavia, se tivéssemos uma oposição na Câmara de
Vereadores qualificada e determinada poderíamos viver em outro cenário, mesmo que não tivéssemos o
melhor dos Prefeitos.
Por outro
lado, o grau de politização de nossa população é muito pequeno, não se pode
fazer uma analise crítica, sem que a discussão seja levada para o campo
pessoal. Esse tipo de postura reduz o debate e impede que algumas questões
éticas e estratégicas para a cidade não sejam vistas com o devido respeito.
A
história nos mostra que em lugares onde não existiu oposição a população pagou
um alto preço, pois se tornaram reféns de políticos demagogos e em muitos casos
acabaram sendo governados por corruptos. Uma cidade sem oposição é um espaço
propício para o surgimento da pior espécie de político. O político autoritário,
prepotente e egocêntrico, aquele que não consegue ver além do seu umbigo.
A
importância da oposição não pode ser medida apenas no período eleitoral, a sua
importância vai mais além, ela se da em todos os momentos da vida da cidade.
Que saudades tenho da
combatividade do vereador Marlon, do vereador Manoel e do vereador Leonel.
Parece que os bons não ficam! Alguma coisa está errada em nossa cidade.
Pense nisso!