Por todo canto e jornais abundam declarações apaixonadas por Palhoça, políticos afirmando que aqui é a “cidade que mais cresce”, “mais dinâmica”, a mais isso, a mais aquilo, a legítima cidade dos sonhos.
Entretanto, acho que a população palhocense não tem nada a comemorar.
Na verdade, essa cidade tem sim muitas qualidades, com um potencial enorme. Porém, utilizada de forma errônea e perversa.
Além da proximidade com a capital, a qualidade de Palhoça literalmente mais visível são as praias e o nosso ainda verde morro do Cambirela. Isso é algo que realmente impressiona em Palhoça. A exuberância das Praias do Sonho, Pinheira e Guarda do Embaú é invejável.
Outro destaque da nossa cidade são as bacias hidrográficas que cortam o município, que formam o Rio da Madre, o Rio Cubatão e o Rio Aririú. Um cenário belíssimo de praias, rios e mangues.
Por outro lado, a qualidade de vida do palhocense muito lembra a lendária idade média. Traduzindo, temos péssimos indicadores sociais.
Indiretamente, esses indicadores sociais são tão ruins que impossibilitam que tenhamos segurança, oferta de cultura: grandes livrarias, teatros, museus e grandes eventos.
Indiretamente, esses indicadores sociais são tão ruins que impossibilitam que tenhamos segurança, oferta de cultura: grandes livrarias, teatros, museus e grandes eventos.
Mas agora vou trazer a grande questão sobre as “grandes qualidades de Palhoça” : É preocupante ver que todos esses bons destaques de nossa cidade estão sendo pouco a pouco destruídos.
Vendo hoje nossa cidade abandonada SEM UM PLANO DIRETOR que possibilite um pouco de organização, percebo a mentalidade e a incapacidade da promoção de políticas públicas por parte de nossos gestores que se sucederam no poder nos últimos anos. Não existe nessa cidade, a vontade de ser melhor, mais bonita, mais importante.
Explico. Vamos começar pela tão falada “Cidade Mais dinâmica, a que mais cresce”. Ao contrário do mantra que o Ronério martelou durante os 8 anos de sua gestão, não houve melhora na qualidade de vida, o que cresceu foi a população, a violência, o número de analfabetos e semi-analfabetos, os números são assustadores. Para quem não sabe, esta cidade passou a ter algum crescimento, principalmente na construção civil, devido à ousadia do desenvolvimento econômico do Brasil no governo do Presidente Lula e da Presidenta Dilma. No entanto, com tudo isso, a cidade foi transformada numa terra sem Lei, de baixo desenvolvimento econômico e social.
Enfim, palhocenses, o que temos para comemorar? Uma cidade que não tem prefeito, que não zela pela sua população viva, pelos seus mortos, pela sua história, que não tem cultura, segurança e saneamento básico. E o que é pior! Possui uma educação sucateada e uma saúde precária e doente. Onde está nosso orgulho? Em que buraco jogaram nossa combatividade?
Enquanto isso, temos que aplaudir os show de Go,Go Boy, de compra de meio milhão de livros sem licitação, distribuição de cestas básicas sem nenhum critério e diversos atos de bondades com dinheiro público.
CONTATO: ialfredogsantos@gmail.com